Jornalista decide adotar cadelinha negligenciada e lhe dá uma nova vida: 'Meu amorzinho'

Em 2015, a jornalista Aline Teles, de Campo Verde (MT), adotou temporariamente um cão vira-lata chamado Zetti; com o acolhimento dele, Aline prometeu a si mesma que ficaria com ele até encontrar um lar definitivo. No entanto, acabou ficando com o cãozinho desde então.

Cinco anos depois, Aline mudou de cidade para trabalhar. Há alguns meses, meio que por acaso, uma outra cachorrinha chegou para ficar em sua vida.

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"Uma protetora da cidade postou algumas fotos e um textinho contando que havia encontrado essa menina em um bairro periférico da cidade toda machucada, magra e com doenças, ela ficaria internada o tempo que fosse necessário, mas essa protetora não poderia ficar com ela porque na casa dela tem - pasmem - 58 gatos", contou a mato-grossense.

Ela conta que seu coração bateu forte desde o primeiro contato com a cachorrinha. No entanto, tentou segurar a emoção e recuou em adotá-la. "Moro em um apartamento pequeno e seria inviável ter dois cachorros em casa. Ainda mais sendo uma cadela de porte grande. Iludida eu", relembrou.

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Dias depois, tarde da noite (por volta das 22h), a protetora voltou a pedir ajuda para Aline.

No impulso, ela respondeu que iria até uma clínica em que a cachorrinha estava para conhecê-la. "Fui sem muitas expectativas e quando a vi não tive outra saída a não ser adotar essa fofinha", afirmou a jovem, que batizou a cachorrinha de 'Vida'.

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Ao longo de dois meses, Vida tratou diversas doenças e condições, tais como sarnas, doença do carrapato, desnutrição e queimaduras graves que tinha pelo corpo. Nesse tempo, todos os dias, Aline ia visitá-la e acompanhá-la.

"Ela sempre foi muito acanhada, medrosa, tremia de medo de qualquer pessoa desconhecida. Ela tem várias marcas de violência pelo corpo e na alma. Mesmo oito meses após a adoção e uma nova vida, ela ainda é traumatizada", lamentou Aline.

A cadela foi adotada em definitivo no dia 19 de março do ano passado, logo no início da pandemia do novo coronavírus.

"Minha vida de lá pra cá virou de cabeça pro ar. Foram inúmeros pertences destruídos. Chinelos, sofá, cama, travesseiros, móveis, roupas... As despesas triplicaram! Mas nada compara a alegria de olhar pra ela e ver o quão grata ela é por tê-la tirado das ruas e ter dado uma vida melhor", afirmou a tutora.

"Mas ela nem desconfia, que eu sou muito mais grata por toda alegria e amor que ela trouxe pra minha vida. Se eu pudesse te dar um conselho: adote!", concluiu Aline.