Estudantes brasileiros criam cadeiras de rodas adaptadas para cães e gatos paraplégicos

Um projeto escolar liderado por professoras do Colégio Santa Dorotéia, em Porto Alegre (RS), rendeu um trabalho que vai muito além da mera avaliação dos estudantes.

Com o acompanhamento do colégio, os alunos do ensino médio criaram um meio de locomoção personalizado para cães e gatos com deficiência física.

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As cadeiras de rodas adaptadas foram feitas com tubos de PVC e barras de ferro colados em encaixes pré-moldados - tudo a um preço acessível, uma vez que a matéria-prima é barata.

O assento do animal também é elástico, preso a uma fita de velcro simples.

Na última quinta-feira de setembro, os primeiros modelos, 100% fabricados em sala de aula, foram doados à quem precisa.

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"É gratificante, participamos de todas as etapas: da liberdade de criar, escolher os materiais, colocar a mão na massa, até o resultado final", celebrou Vítor Broker da Cunha, 15 anos, um dos 73 jovens das duas classes de 1º ano do Ensino Médio envolvidos no projeto escolar.

Nesse primeiro momento, 10 cadeiras de rodas ficaram prontas para entrega. Dois foram reservados para a cadela vira-lata Moana e o gato paraplégico Pretinho, ambos os animais cuidados pela Patrícia Hackmann, dona de um sítio na capital gaúcha.

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"O projeto é muito bacana. Foram os alunos mesmos que me procuraram, pelo Instagram, e fizeram a proposta", relembrou a protetora.

Patrícia explica que Moana vive há três anos em seu espaço, enquanto Pretinho chegou durante a pandemia após ser abandonado pelo antigo tutor no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

"Algumas pessoas acham que não vale a pena investir em um animal com deficiência", lamentou ela.

Para fazer o protótipo e chegar ao modelo final, os estudantes utilizaram a metodologia STEM - sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Em conjunto, o modelo de criação permitiu aos adolescentes desenvolver a cadeira de rodas do zero.

"Ensinar pela pesquisa é isso. Inspirar o interesse, fazer com que busquem a viabilidade, sustentabilidade e, como resultado, causar uma mudança na sociedade", explica a professora Aline Fagundes, de 42 anos.

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