Casal ajuda cachorro de rua que foi despejado do próprio lar após morte do dono

Quem vê o cãozinho Bruno todo feliz e pleno em seu novo lar adotivo jamais imaginaria que ele passou boa parte da vida vivendo nas gélidas ruas da Argentina, onde nenhum lugar o fazia sentir-se bem-vindo.

No mês passado, Lujan Videla e o namorado estavam caminhando próximo à sua casa, em Buenos Aires, quando avistaram um cachorro que nunca tinham visto antes, parado sozinho em uma esquina.

“Ele estava muito sozinho e desorientado”, disse Lujan ao portal The Dodo. “Disse ao meu namorado para ficar com ele e esperar para ver se o seu dono iria aparecer”. Entretanto, ninguém apareceu.

ANÚNCIO

Após alguns minutos, Bruno começou a caminhar - levando Lujan e o namorado até a porta de um complexo de apartamentos. “Nós o seguimos e percebemos que ele queria entrar no prédio”, disse a moça. Lá, eles foram recebidos por uma placa afixada na porta.

A placa dizia apenas "mantenha o cachorro longe".

ANÚNCIO

Conversando com um morador do prédio, Lujan e o namorado ficaram sabendo que, até recentemente, Bruno havia morado lá com um homem mais velho, que falecera anos atrás.

Leia também: Gato não para de miar até seu dono perceber que filhote de passarinho precisava de ajuda

ANÚNCIO

É possível que o cachorro tenha sido despejado da casa ou apenas tenha fugido após a morte do dono. Embora alguns residentes do lugar tenham ficado com pena e começado a alimentá-lo na calçada, isso não era suficiente - o cachorro permanecia desabrigado e ao relento.

Sensibilizados pela situação (e história) do cachorrinho, o casal decidiu intervir. Como não tinham espaço no apartamento em que vivem - onde já possuem vários cães resgatados, - eles conseguiram arranjar um lar adotivo para Bruno, encerrando sua vida solitária nas ruas da capital argentina.

“Ele foi adotado por uma pessoa muito confiável que mora do outro lado da rua de onde eu moro”, disse Lujan. "Passeamos juntos às vezes. Ele está muito feliz", garantiu a argentina.

A jovem ainda se incomoda com o fato de a administração do prédio não ter feito nada para ajudar Bruno, mas ela espera que a experiência dele inspire mais compaixão por filhotes como ele. "Algumas pessoas não percebem que são seres vivos que se sentem iguais a nós", lamentou Lujan, acrescentando que agora: "Bruno está novinho em folha".