Cachorrinha ajuda mulher a superar câncer e agora ela cuida de 130 animais em sua casa

A ativista ambiental Angela de Jesus Bandeira, de 56 anos, até hoje atrela a superação de um câncer ao amor concedido por sua primeira cachorrinha, a Anie Alice. Para ela, Anie lhe deu um 'motivo para lutar pela própria vida'.

Angela mora em Santos, no litoral paulista, onde lutou contra um tumor maligno por mais de uma década. "Me sentia feia e deprimida. Quando ela chegou em casa, foi a minha razão para continuar aqui”, contou a ativista, que teve um câncer no útero e no pulmão.

Em 2008, ela recebeu a confirmação de remissão (cura) da doença. “Foi um ciclo de tratamento muito grande. Eu perdi meus cabelos, unhas e dentes. Não conseguia me olhar no espelho, então na época tirei todos eles das paredes de casa”, desabafou.

ANÚNCIO

Leia também: Voluntária busca ajuda e doações para bancar fisioterapia de cachorrinha atropelada

Há dois anos, Angela mudou seu estilo de vida e sua casa para fundar uma ONG (organização não-governamental) chamada 'Patinhas que Brilham', entidade que abriga atualmente mais de 100 animais resgatados - 50 deles dentro de casa.

“Eu tinha desistido da vida e Deus me deu uma nova chance. Sou protetora desde 2015 e precisava usar isso para fazer o possível por esses seres que salvaram a minha vida”.

ANÚNCIO

Leia também: Cadelinha que foi abandonada dentro de saco de lixo e arremessada em bueiro é adotada no RS

Antes da adoção da cachorrinha Anie Alice, a ativista conta que ficava o dia inteiro deitada na cama e não conseguia tomar banho sozinha.

A companhia da cadela foi vital para mudar isso. “No início fiquei muito brava, pois falei que não tinha como cuidar dela. Aos poucos ela foi se aproximando e eu voltei a fazer algumas coisas”, explicou. Conforme conta Angela, as duas iam para a cobertura do prédio durante a noite para passear.

ANÚNCIO

Mais tarde, começaram a ir para a calçada e fazer caminhadas mais extensas pela cidade. Com isso, ela passou a sentir prazer em fazer as coisas novamente. Era o início de sua plena recuperação!

“Depois que voltei a ser ativa, o meu quadro se reverteu e o meu tratamento começou a fazer efeito. O nosso emocional conta muito nessas horas. Na época, eu passei a me cuidar, pois achei que ela precisava de mim. Na verdade, eu que precisava dela e não sabia”, diz.
A protetora explica que a rotina é corrida e que as dificuldades financeiras são grandes, pois tudo relacionado ao animal é caro. “Nós auxiliamos animais dentro e fora da ONG aqui na Baixada Santista. É um trabalho cansativo, mas você se sente recompensada. Eles são puros, só tem amor para dar”, finalizou.