Cão terapeuta Apollo, diagnosticado com câncer, recebe mensagens de apoio de crianças

O cão terapeuta Apollo, um golden retriever de 8 anos, foi diagnosticado com um tumor na mandíbula há alguns meses e está em tratamento.

Ele trabalha no Hospital Universitário de Jundiaí (SP), sendo um integrante do projeto ‘CãoTerapia’ há dois anos.

No final do mês passado, Apollo recebeu uma série de cartinhas de gratidão e apoio das crianças da unidade hospitalar.

ANÚNCIO

Sua tutora, Larissa Hoffmann Antunes, 29, foi quem recebeu as dezenas de cartinhas de apoio, coletadas no hospital por médicos e enfermeiros.

“Resolvemos retribuir o carinho do Apollo e também da Larissa para que ela soubesse que estávamos orando e mandando energias positivas”, explica Tatiane, pertencente à equipe do Hospital Universitário de Jundiaí.

“Em uma [das cartas], uma menina colocou o telefone do pai dela na carta, no caso do Apollo precisar de carinho”, lembra.

ANÚNCIO

“Eu não sei nem descrever o que eu senti enquanto lia todas aquelas mensagens das crianças, aquelas boas energias, o carinho que as crianças, funcionários, os pais e mães das crianças têm pelo Apollo. Fiquei muito emocionada. É muito bom ver o quanto ele é querido. É muito bom ver que o nosso trabalho tem dado resultado. Isso nos deixou com ainda mais vontade de fazer bem a essas crianças, de levar alegria para o hospital”, conta sua tutora.

“Nessas horas de enfermidade, a gente fica com o emocional muito abalado e eu tenho certeza que ele entedia tudo. Ele entendia minha angústia, minha tristeza e me fez um bem muito grande. Eu não sei nem explicar a importância dele na minha vida. Ele é mais do que meu cachorro, ele é meu grande amigo, um companheiro muito especial. Eu tenho certeza que ele entrou na minha vida por um propósito”, diz.

ANÚNCIO

“O Apollo é o primeiro cão a fazer a ‘cãoterapia’ em Jundiaí. O projeto foi apresentado para o hospital e para o controle de infecção. Ele tem autorização para ficar na brinquedoteca e na recepção do hospital, mas não passa dentro da unidade. Claro, tem algumas condições para ele poder ir, como banho antes de ir até a unidade, vacinas em dia e também um laudo veterinário. Tem toda uma burocracia, afinal, é um cachorro dentro de um hospital”, explica a coordenadora do voluntariado.

“Ajuda de uma forma que a criança esquece a dor. Lógico, não é uma cura, mas a criança se abre mais para o tratamento e fica feliz com a presença dele. Ele é muito dócil. O ambiente hospitalar é pesado para uma criança e elas interagem tão bem com ele que o tempo passa mais rápido.”

“Isso faz muito, muito bem para ele. Ele adora, ele ama crianças de paixão. Ele adora carinho, adora brincar. O Apollo fica feliz ao entrar no hospital, ele gosta. Eu senti que era minha vez de ajudá-lo. Ele me ajudou muito quando precisei e era minha vez de dar forças para ele”, finaliza.