Não é nada fácil contar (e muito menos escrever sobre) como é a vida dos animais no mortal abrigo Carson Animal Shelter. Devido à superpopulação, não importa o quão apegados aos animais os funcionários fiquem, eles não podem quebrar as regras ou abrir exceções.
Em outras palavras, se um cão chega ao abrigo e falha em ser adotado durante o período de visitas ao canil, ele é imediatamente levado para os fundos e colocado no leito da morte, restando-lhe apenas alguns dias para viver.
Um cão pit bull sabe bem como é o procedimento. Ele foi abandonado no abrigo de alta taxa de mortalidade por seu cruel dono, que não o queria mais mesmo após anos de lealdade; por isso, o canino aguarda pacientemente pelo dia em que alguém possa lhe dar uma chance.
Infelizmente, seu único refúgio não chega a ser nem um brinquedo, mas sim um pedaço de concreto gelado, sobre o qual passa as noites chorando, esperando que o final, que sente estar próximo, não se torne realidade.
Ele não tem nome, e ninguém sabe de sua história. Sua descrição no Petharbor diz:
"Sou um Pit Bull Terrier macho, cinza e preto. O pessoal do abrigo diz que tenho cerca de 4 anos. Moro no abrigo desde o dia 27 de agosto de 2016".
A realidade é que o abrigo de Carson é um local onde animais de rua e indesejados pelos donos são levados para morrer. A instituição luta contra altas taxas de ocupação, as quais resultam nos animais sendo sacrificados. Esse cão ainda estar vivo, após cerca de um mês no abrigo, pode ser considerado um ato de bondade da equipe, que está fazendo o possível para encontrar-lhe um lar e uma saída do caos.
