Mulher acolhe cadelinha em choque que havia sido abandonada em posto de combustíveis

Há pouco mais de três anos, Brunna Lyra encontrou uma cadela em situação de rua que havia sido abandonada em um posto de combustíveis. Ela estava muito debilitada e mal conseguia se locomover sozinha.

"Achávamos que ela havia sido atropelada e que a pancada na cabeça havia tirado seus olhinhos do lugar. Corremos direto para uma clínica veterinária conhecida e ela foi direto pra sala de cirurgia", relembrou Brunna, complementando que a cachorrinha quase não manifestava quaisquer reações.

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Nesse meio-tempo, a jovem batizou o animal de Filomena (ou carinhosamente Filó).

Ao chegar na clínica veterinária, uma cirurgia urgente precisou ser conduzida: Filó saiu de lá sem um dos olhos após recomendação médica. O procedimento cirúrgico, entretanto, conseguiu preservar o outro olho da cachorrinha, até então tomada por uma úlcera.

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A equipe veterinária descartou a hipótese de atropelamento. Para os médicos, ela havia sido espancada de forma covarde, com chutes e murros violentos. "O corpo todo dela doía, e com uma cirurgia daquele tamanho, precisava de observação", disse Brunna.

Vários dias depois, Filó enfim recebeu alta e pôde ir pra casa. "As primeiras 48h dela foram calmas. Ela dormia 90% do tempo. Achamos que era alguma reação a anestesia e após exames constatamos que na verdade, era a primeira vez que ela se sentia segura e sem dor, ela estava relaxando pela primeira vez em muitos dias", afirmou a mamãe adotiva.

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Como não tinha dinheiro para bancar o tratamento veterinário, Brunna precisou recorrer a doações de amigos e familiares. 100% das despesas foram pagar com auxílio externo, durante dois meses de tratamento.

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Nos meses seguintes, lamentavelmente, a úlcera ocular no olho restante de Filó rompeu e ela perdeu a visão (apesar do olho em si estar preservado). Hoje a cadela é cega, mas isso não compromete seu dia a dia, que agora vive com Brunna em definitivo.

"Nos apaixonamos por Filó e ela se tornou nossa a partir do momento que pegamos ela. Hoje, 3 anos após o resgate, ela vive completamente feliz. Anda perfeitamente pela casa, convive bem com outros animais, não bate nos móveis. Ela aprendeu onde está tudo e com isso, se locomove sem problemas e se precisarmos mudar algo de lugar, rapidamente ela se adapta. É a cadela mais feliz que eu conheço (e olhe que tenho mais 7). Seus maus-tratos são coisa do passado", concluiu a dona.