Homem é multado por maltratar e negar comida para seu cachorrinho

A Polícia Militar Ambiental de Rosana, no extremo oeste paulista, multou um homem de 60 anos em R$ 3 mil por maus-tratos contra seu próprio cachorrinho de estimação. De acordo com os policiais que fizeram o flagrante, o cão estava sem alimentação e água, desnutrido e infestado com muitos carrapatos.

Para quem não sabe, a Lei 9.605/98 prevê como crime os maus-tratos contra animais domésticos, nativos, exóticos ou silvestres. Condutas como abandonar, mutilar, ferir, envenenar, manter em espaço sem circulação, envenenar, não alimentar, não dar água, por exemplo, caracterizam o crime. Neste caso, veja o que aconteceu com o cachorro.

Fonte: (Reprodução/Internet)

Confira o que vai encontrar neste post:

  • Como aconteceu o caso de maus-tratos em São Paulo;
  • Como denunciar a crueldade contra animais;
  • Dicas para ajudar a reduzir o abandono dos bichinhos;
  • Dicas para fazer o resgate de um cão de rua;
  • Informações sobre o procedimento de castração.

Idoso é flagrado com cachorro em situação decadente

Depois de receber a denúncia de uma ONG de bem-estar e de amparo aos animais, a Polícia Militar Ambiental foi até a casa do idoso. Ao chegarem no imóvel, os policiais constataram os maus-tratos a um cachorro. Consta nos autos que o idoso autorizou a entrada dos policiais em sua residência e acompanhou a fiscalização.

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Diante do flagrante, os policiais lavraram um auto de infração ambiental contra o senhor, prevendo multa no valor de R$ 3 mil, por praticar maus-tratos a animal doméstico. O abrigo que denunciou o crime não pôde receber o cachorro, por estar com sua capacidade de lotação acima do limite.

Assim, o animal ficou provisoriamente com o envolvido, que de pronto adquiriu alimento e remédio para o cão, segundo a polícia. Lembrando que o crime de maus-tratos contra animais pode acarretar pena de detenção, de três meses a um ano, ou multa. Em caso de necessidade, não se omita. Denuncie!

Como denunciar maus-tratos contra animais

Caso a sua vizinhança tem muitos cachorros, gatos ou outros animais, observe se o animal parece estar abandonado ou com cordas ou correntes curtas e apertadas. Note também se existe sinais de mutilação, se o ambiente em que ele está é higiênico e garante o bem-estar.

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Em situações de maus-tratos, o ideal é ligar 190 ou procurar a delegacia de polícia mais próxima da sua residência. Assim, a autoridade policial poderá lavrar o Boletim de Ocorrência e investigar os fatos relatados. Ao chegar na delegacia, descreva o que viu com detalhes informando nome dos responsáveis, se possível.

Outra alternativa é ter fotos para comprovar o que está sendo dito. Se não se sentir confortável em ir direto aos órgãos competentes, pode procurar uma ONG de proteção aos animais e relatar o que está acontecendo. Assim, a instituição pode fazer a denúncia e, caso tenha vaga, pode também acolher o animal que está sofrendo maus-tratos.

Como ajudar no combate à crueldade contra animais

Hoje em dia, a pauta sobre maus-tratos aos animais está em alta. Cada vez mais o descaso e descuido com os bichos têm sido alvo de críticas e punições. Convenhamos que em tempos modernos, não existe mais a desculpa de não saber como cuidar do pet. Afinal, temos amplo acesso à informação.

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A primeira coisa fazer no combate à crueldade é denunciar. Caso veja um animal sendo maltratado ou abandonado, não hesite em denunciar. Outra forma é usar as redes sociais a favor da causa. Por exemplo, Abril Laranja é um mês dedicado em despertar a conscientização e sensibilização do público sobre os maus-tratos contra os animais.

Se deseja participar disso, passe a compartilhar vídeos e fotos dos pets usando algo com a cor laranja, em homenagem ao Abril Laranja. Junto com isso, publique conteúdos sobre a importância de cuidar dos pets. As redes sociais viraram um instrumento fundamental para a divulgação de assuntos importantes como este.

Incentive o fim do abandono dos bichinhos

O número de cachorros abandonados no Brasil é gritante. Alguns levantamentos apontaram que no mundo todo existem 600 milhões de animais abandonados, sobretudo gatos e cachorros. Países como a Holanda trabalham firmemente contra o abandono de animais. Inclusive foi o primeiro país a registrar zero cachorros nas ruas.

O país conseguiu essa benfeitoria através de leis contra abandono de cachorros, multas para quem comete a conduta, além de promover campanhas de conscientização, castração e adoção. Outra estratégia que funcionou foi aumentar as taxas para pessoas que compram cães de raça. Ainda, o governo holandês arcou com a castração dos cães de rua.

Assim, os tutores que desejassem fazer a castração, o governo custeava. Então, outra opção é recorrer à castração se puder arcar com o procedimento. Os cães tem uma alta taxa de reprodução, fazendo com que muitos tutores não queiram os filhotes. Pode ser que castrar o pet impacte positivamente esses números de abandono.

Dicas para cuidar de cães de rua

Caso encontre algum cachorrinho na rua e deseje levá-lo para casa, reunimos nesse tópico algumas dicas para ajudar nessa missão. Lembre-se que esses animais precisam de vermifugação, vacinação e outros cuidados de saúde. Dito isso, o que precisa ser feito ao se deparar com um cão na rua?

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Para pegá-lo, é necessário atraí-lo para um ambiente seguro e sem movimentação de carros, por exemplo. Se puder chamar a atenção dele com alimento ou objetivo, fica ainda mais fácil ele não estranhar. Depois de garantir que o cão está fora de perigo, tente interagir com o bichinho até ganhar sua confiança.

O aconselhável é brincar e fazer carinho nele para não estranhar. Outro ponto extremamente fundamental, é ter cuidado ao pegá-lo pois os animais de rua estão suscetíveis a doenças. Ainda que muitas delas não sejam transmissíveis para humanos, é importante ter cautela. Doenças como dermatofitose e sarna são transmissíveis.

Próximos passos

Ainda quanto à higiene na hora de pegar o cão, use pano ou luvas. Observe se o animal não está com algum machucado, pois é comum que nesses casos ele seja um pouco agressivo. Principalmente se sentir dor. Após todas essas etapas, é hora de iniciar os cuidados com o cachorro.

Não leve o cachorro diretamente para casa, se possível encaminhe-o ao veterinário. O veterinário irá avaliar quais são as condições do pet e se ele já pode ou não tomar banho. A depender do estado do bichinho, o veterinário pode indicar uma alimentação específica e outras cautelas.

É comum que os cachorros de rua já deem entrada nos tratamentos de infestações por ectoparasitas e verminoses, por exemplo. Embora a primeira consulta seja fundamental, nem sempre todos os problemas de saúde são identificados de forma imediata. Portanto, é válido ficar de olho no pet e observar a aparição de algum sintoma fora no normal.

Procure saber sobre a castração

Como foi dito anteriormente, além de ajudar a reduzir os casos de abandono, a castração é um procedimento que ajuda a prevenir diversas doenças. Ainda que não consiga fazer castração, é interessante conversar com o veterinário sobre os benefícios, os valores e outros procedimentos alternativos.

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Em algumas cidades brasileiras, é possível encontrar castração gratuita. Em todos os casos, fique a tento quanto ao tipo de anestesia que será utilizado. De antemão, saiba que existem duas modalidades de anestesia: a injetável e a inalatória. A primeira alternativa é a mais tradicional e a mais barata, enquanto a segunda tem o preço mais alto.

No caso da anestesia inalatória, o cão é sedado e posteriormente intubado para receber a anestesia e absorvê-la por inalação. É comum que o veterinário aconselhe qual opção utilizar, considerando o estado de saúde, peso, idade do pet. É importante lembrar que o tempo que o cachorro volta da anestesia vai depender do medicamento.

Qual é a melhor opção de anestesia para cães?

Visando o custo-benefício, a anestesia injetável é uma alternativa interessante. Essa modalidade é geralmente utilizada em clínicas mais populares e em campanhas de castração. Os profissionais recomendam para procedimentos de curta duração, claro que também a avaliação geral do cachorro vai influenciar.

Por outro lado, a anestesia inalatória é considerada mais segura tendo em vista que a administração pelos veterinários é maior. Em outras palavras, com a anestesia inalatória o médico pode acompanhar a quantidade de fármaco e a profundidade da diminuição da consciência. Sem contar que o pet pode receber oxigênio através da sonda.

De qualquer modo, é válido ficar atento quanto aos riscos de anestesia em cachorros. O cão pode sofrer alterações na oxigenação, queda repentina da temperatura, arritmias, parada cardiorrespiratória e efeitos colaterais. Baixa temperatura, alimentação seletiva, vômito, tosse são alguns dos efeitos que podem surgir.

Fique atento

Saiba que ao resgatar um animal na rua, você se torna responsável por ele. Portanto, caso abandone o pet poderá ser punido legalmente de acordo com o art. 936 do Código Civil. A disposição legal prevê que o tutor poderá ser punido se abandonar o animal resgatado. Logo, avalie se tem condições de cuidar do pet antes de acolhê-lo em sua casa.

Se chegar à conclusão de que não possui, procure uma ONG de proteção aos animais para entregá-lo. Ou, se o órgão não possuir lotação suficiente, procure sua rede de amigos e identifique alguém que possa cuidar do cachorro ou do gato. Só não deixe o bichinho em estado de abandono mais uma vez.