Cirurgia revolucionária salva cachorro resgatado das ruas com cinomose

Procedimento inédito com o uso de células-tronco promete eliminar o vírus que causa a doença em menos de dois dias. Um cachorrinho passou pela cirurgia no Recife e os resultados foram surpreendentes para todo o mundo.

A cinomose, doença de alto risco que atinge principalmente cães bebês, agora tem uma opção de cura muito mais eficaz e eficiente.

No Recife, um cachorro de 4 meses resgatado por um casal foi diagnosticado com o vírus e depois de verem ser considerada até a possibilidade de eutanásia por alguns veterinários, devido à alta debilidade do cachorrinho, o veterinário Magno José Gonçalves apresentou como alternativa uma cirurgia inédita com o uso de células-tronco.

(Video com explicação do veterinário):

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“Hoje o procedimento normalmente é realizado por células-tronco por via sistêmica, então não há um direcionamento ideal para o tecido lesionado. No caso de Malte (nome do cão), a gente identificou a lesão no cérebro e injetou 6 milhões de células in loco, ou seja, no local da lesão, o cérebro”, explicou o veterinário Magno Gonçalves. A cirurgia do cachorro adotado pela arquiteta Mel Sobral e seu companheiro, foi considerada um sucesso.

Os resultados do procedimento foram de fato surpreendentes. Em menos de 48 horas, Malte já conseguia caminhar, se alimentar e reconhecer as pessoas.

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“Quando a cirurgia é feita por via sistêmica é preciso entre três a quatro aplicações, uma por mês, para conseguir chegar a um resultado [satisfatório]”, explicou o veterinário responsável pela cirurgia que já é estudada há cerca de sete anos.

Para Mel Sobral, que adotou o cachorro, a escolha de tentar o novo procedimento foi acertada. “Não entrava na minha cabeça devolver o cão às ruas ou eutanasiar sem tentar tudo”, disse, visivelmente emocionada.

Conheça melhor a doença cinomose:

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A doença com a qual Malte foi diagnosticado, pode atingir vários órgãos, inclusive com chances de se espalhar em todo o organismo. A cinomose é causada por um vírus muito resistente a ambientes secos e frios, sendo sensível ao calor e luz solar, por exemplo. A doença pode causar o óbito dos animais filhotes, mas os adultos, caso não estejam vacinados, também podem se contaminar.


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Adaptação por Portal do Animal, da matéria originalmente criada por OP9