Cadela rejeitada percorre 200 km para reencontrar seus donos e é rejeitada novamente

A cadela Maru, da raça Bulmastife, fez o possível e o impossível para reencontrar seus donos, na esperança de que pudesse voltar para casa após supostamente ter se perdido da sua família.

Infelizmente, não foi bem isso que aconteceu. Seus donos haviam adotado a cachorra das mãos da criadora de animais Alla Morozova, quando ela tinha apenas 5 meses de idade.

Alla viajou 400 quilômetros das cidades de Novosibirsk até Krasnoyarsk, na Rússia, para entregar a cadela para um casal, à primeira vista muito simpático. Só que pasme: poucos meses depois, eles ligaram para Alla, pedindo para devolvê-la!

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Eles alegaram ter 'alergia' à Maru... Dá pra acreditar?!

“Eu nunca desisto dos meus filhotes e quando um cachorro é adotado, é estipulado que os donos devem me informar se não precisam ou não querem mais o cachorro”, explicou Alla ao Siberian Times.

Alla ficou de coração partido com a desistência do casal; Maru, mais ainda. Ela tinha super se apegado com seus novos donos, e não estava entendendo nada... Por que estava indo embora de sua própria casa?

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Bem, foi feito um acordo entre a cuidadora e o casal. A cadela seria enviada de volta para Novosibirsk em um comboio e um responsável iria acompanhar o percurso do animal.

Mas, de acordo com o The Siberian Times, quando o comboio fez uma pequena paragem perto de Achinsk, Maru “teve um ataque de pânico” e fugiu. A responsável por ela tentou chamá-la, mas assustada com o barulho do comboio, não quis retornar.

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Os donos foram avisados e decidiram ligar para Alla, que propôs que eles fossem até uma cidade próxima, Achinsk, onde a cachorrinha poderia estar, mas o casal se recusou a procurá-la. “Isso me enfureceu. Os donos não estavam nem aí", afirmou a cuidadora.

Maru foi encontrada por voluntários ao fim de dois dias e meio, numa área industrial de Krasnoyarsk, cidade onde mora o casal que a abandonou, chorando e com as patas e focinho quebrados, depois de percorrer mais de 200 quilômetros!

A hipótese é que ela tenha usado seu senso instintivo de direção para alcançar os antigos donos, uma vez que a raça Bulmastife se caracteriza por ser muito protetora e próxima dos seus donos.

“Maru não foi para Novosibirsk, mas sim para onde vivia. É surpreendente que tenha seguido o caminho certo, porque geograficamente não haviam pontos de referência. Na cidade onde vivia costumava andar apenas pelo quintal”, revelou Alla.

Ela contou com a ajuda de uma amiga, Alyona Makhova, que recuperou Maru. Ela se reuniu com sua cuidadora, que cuidou dela quando ela era apenas uma filhote. O animal está agora se recuperando deste episódio, está em tratamento veterinário e reencontrou seus progenitores no canil.

Matéria escrita por Gabriel Pietro em exclusividade para o Portal do Animal. Siga-me no Instagram clicando aqui.