A cadela Roadie foi encontrada vagando pelas ruas de Franklin, Indiana (EUA) com uma garrafa presa à sua coleira.
Perdida, ela parecia estar procurando o caminho de casa há horas. Sem saber o que fazer, sentou-se à beira de uma árvore e esperou por ajuda.
Eventualmente, uma pessoa avistou a cachorrinha e encontrou a garrafa envolta em seu pescoço.
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O voluntário Michael Delp, da ONG Johnson County Animal Control, foi convocado até o local para resgatar Roadie, levando-a para um abrigo. O bilhete preso à coleira da cadela explicava que ela já fora muito amada por sua família, mas depois que seu pai perdeu o emprego e a casa por causa da pandemia de coronavírus, ele precisou 'deixá-la ir'.
A cadelinha estava muito bem de saúde, tanto física, quanto mental: era muito brincalhona, calma e enérgica. Ela só precisava de um novo lar.
“Quando li a nota, [senti] duas emoções: uma, se for legítima, meu coração compreende aquele indivíduo”, disse Michael. “Se não fosse legítimo, [eu sentiria] raiva de que alguém inventasse uma desculpa para abandonar seu cachorro, que foi projetada para obter simpatia.”
“Acontece que, pela nossa investigação, a nota era completamente legítima”, disse o voluntário. “Conseguimos averiguar quem era o proprietário e obter a ajuda de que ele desesperadamente precisava".
O norte-americano Jeremy Pell estava folheando o noticiário local há alguns dias quando se deparou com a história do abandono comovente de Roadie. Ele, que é chefe do Corpo de Bombeiros de White River Township e vice-xerife do condado, procurava há meses por um cachorro para treinar em busca e resgate, e Roadie parecia perfeita para essa missão.
“Eu abri o noticiário e vi Roadie”, disse o bombeiro. “Eu vi a raça, a história [de Roadie] e o fato de que ela estava muito próxima à minha casa".
Certo de que aquilo era 'obra do destino', Jeremy foi até o abrigo conhecer a cadelinha e teve uma excelente primeira impressão dela.
Roadie passou em todos os testes com louvor, ganhando uma nova vida, carreira e família. Agora, todos os dias ela vai para o escritório da corporação com seu pai para trabalhar em suas habilidades sociais e treinamento de obediência. Ela tem uma cama ao lado da mesa dele e o segue, cumprimentando as pessoas e jogando bola ocasionalmente com os outros bombeiros.
A cachorra ainda está nos estágios iniciais de seu treinamento, mas seu pai tem esperança de que um dia eles possam trabalhar lado a lado para ajudar a comunidade.
“Ela está ligada a mim”, disse Jeremy. “Ela procura em mim orientação e aceitação e tenta fazer seu trabalho. Ela acha que deveria latir para pessoas que não conhece, mas quando eu digo a ela que está tudo bem ... Eu recebo esses olhos comoventes e carinhosos e é quase como se ela estivesse se desculpando. Ela vai sentar-se lindamente, olhar-me nos olhos, abaixar as orelhas e, muito lentamente, erguer a pata para me tocar.”
O bombeiro fez questão de rebatizá-la com o nome de Rosie Grace ('Graça', em tradução livre), uma referência à dádiva concedida à Jeremy em poder adotá-la.
"Todos os nossos cães têm nomes do meio, então ela é Rosie Grace", disse ele, "porque foi pela graça de Deus que ela foi encontrada e teve uma nova carreira, e esperamos levá-la de resgatada a salvadora".
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