Cachorrinho cadeirante estampa campanha de conscientização contra a violência infligida a animais

A Cadeia Para Maus Tratos, serviço de resgate de animais, publicou uma foto em seu perfil no Instagram que mostra um cachorrinho com deficiência física usando um carrinho de rodas. O pet também está segurando uma placa que diz "Cadeia para maus-tratos". A imagem busca conscientizar o público sobre a a violência contra os animais.

A campanha sensibilizou os internautas, afinal não é tão incomum quanto as pessoas pensam encontrar animais vítimas de maus-tratos. Atualmente, uma das maiores defensoras do bem-estar dos animais é a ativista Luisa Mell. Pode se dizer que muito das manifestações contra violência dos pets que têm nas redes sociais começou através dela.

Fonte: (Reprodução/Internet)

Veja nos tópicos abaixo breve resumo dos temas deste artigo:

  • Impacto da campanha contra maus-tratos de animais;
  • A importância do Abril Laranja;
  • Como funciona o cachorro comunitário;
  • Como resgatar um cão em situação de rua;
  • Dicas para evitar ataques do cachorro da hora do resgate.

Campanha contra maus-tratos

A imagem do cachorrinho com rodas buscou conscientizar sobre os efeitos nocivos da violência contra os animais, ao passo que mostra, na prática, as sequelas que isso pode trazer para as vítimas de agressões. Na legenda da foto previa que os animais merecem amor e respeito.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

A ONG também afirmou que todos estão juntos para lutar por essa causa. A foto mobilizou o público, acumulando mais de 20 mil curtidas e compartilhamentos. Portanto, caso presencie maus-tratos a animais de quaisquer espécies, como abandono, envenenamento ou prisão em correntes ou cordas muito curtas, denuncie.

Lembrando que a manutenção em lugar anti-higiênico, a mutilação, a utilização em shows que possam  causar lesão, pânico ou estresse e agressão física aos animais também se enquadra nas condutas que caracterizam o crime de maus-tratos. Se dirija à delegacia de polícia mais próxima para registrar o Boletim de Ocorrência (BO).

Abril Laranja

Falando em campanhas contra os maus-tratos, o mês de abril foi considerado o mês oficial do combate contra a crueldade animal. O Abril Laranja reforça o quão fundamental é a preservação do bem-estar dos cães, gatos e de outras espécies. A iniciativa foi criada pela Sociedade Americana para Prevenção da Crueldade contra Animais, em 2006.

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Apesar das campanhas terem crescido nos últimos anos, os relatos de maus-tratos contra animais também subiram. Segundo dados do programa Linha Verde, foram cadastrados mais de 4.100 denúncias de crimes ambientais no Rio de Janeiro em menos de um ano. Desse total, 2.090 eram referentes aos maus-tratos contra animais.

Conforme o Linha Verde, os animais que mais sofrem com a crueldade dos humanos são gatos, cachorros e cavalos. No caso dos cães, as denúncias anônimas apontaram indicaram que os principais sinais de maus-tratos foram de abandono, falta de alimentação, acorrentamento e espancamento.

Cachorro comunitário - Como pode ajudar contra a crueldade aos animais

Apesar de não ser uma cultura forte no Brasil, inserir o cachorro comunitário na sua vizinhança pode ajudar a reduzir os números de cães abandonados. Além de outras campanhas, pode ser uma medida eficaz também contra os maus-tratos. O cachorro comunitário é um cão que todos os vizinhos são seus tutores.

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Ou seja, o pet não tem um dono fixo. Em alguns estados do país, existem a lei do cão comunitário, como por exemplo no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e em São Paulo. Embora sejam normas distintas, elas dispõem que o cachorro comunitário é o cão que tem manutenção e lações de dependência com a comunidade em que está inserido.

Um detalhe interessante é que apesar da comunidade ser tutora do animal, ele precisa ter um cuidador principal. Assim, essa pessoa pode fazer o cadastro do pet e solicitar a castração gratuita na prefeitura da região. Em alguns locais, os cuidadores principais são chamados de "responsáveis-tratadores". Porém nem todos estados tem essa exigência.

Qual a função do pet na comunidade

O cachorro comunitário pode contribuir positivamente para comunidade, protegendo os moradores contra cães agressivos, por exemplo. Além de espantar marginais, quando devidamente treinado. Caso os habitantes desejem adestrá-lo, podem se juntar e dividir os custos. É uma forma de reforçar a segurança da região.

Outra razão para adestrar o cão, é para que ele não ofereça risco aos moradores. Se o animal morder alguém, o pet pode passar por uma avaliação e até ser denunciado como um cachorro agressor. Então, é válido considerar todas essas situações na hora de acolher um cão comunitário.

Como registrar o cão

Conforme dito anteriormente, poucos estados contam com cães comunitários. Portanto, pode ser uma boa ideia para incluir pela vizinhança. Talvez seus vizinhos já até cuidem de alguns cachorros de rua, dando alimento por exemplo. Por que não oficializar isso? Então, o primeiro passo é fazer o Registro Geral Animal (RGA).

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É válido lembrar que cães e gatos podem ser acolhidos pela comunidade. O importante é que tenham o RGA. Com esse registro, a cidade consegue identificar e controlar o número de animais que moram na rua. Da mesma forma, facilita achar o pet caso ele desapareça. O registro costumam ser feitos na prefeitura ou na administração da região.

É comum que sejam pedidos os documentos do tutor principal como RH, CPF, comprovante de residência e o atestado de vacina do pet contra raiva. Normalmente, a vacina é aplicada gratuitamente na maioria das cidades. Basta encontrar os postos de campanha ou permanentes. Lembrando que a vacina deve ser de até 12 meses.

Mais detalhes

Quando apresentar os documentos, não se esqueça de pedir que o cão seja registrado como comunitário. A presença do animal é dispensada neste primeiro momento. Em São Paulo, segundo o Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo, o responsável principal pode dar início ao processo de castração gratuita.

Basta comparecer no setor que faz a emissão do termo de encaminhamento, portando os mesmos documentos pessoais citados acima. Depois disso, o RGA do pet deverá ser feito bem como a solicitação para a castração. O cuidador principal também pode providenciar a clínica desde o agendamento até o transporte do animal.

Fique atento ao fato de que o cão comunitário não é necessariamente um cachorro que foi abandonado. O projeto é para proteger os animais que estão em situação de rua. No caso encontre algum animal abandonado, o ideal é tirá-lo do risco imediatamente e oferecer alguma moradia a ele, seja em abrigos ou na casa de alguém que queira adotá-lo.

Dicas para resgatar cães abandonados

Falando em cães abandonados, a melhor forma de ajudá-los é tirando-os das ruas e dando um ambiente seguro com alimento e água a eles. Mas convenhamos que não é fácil fazer o resgate de um animal desconhecido, principalmente por não saber se o pet é bravo ou manso, se está com doenças transmissíveis aos humanos ou não.

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Algumas recomendações podem facilitar essa ação. A primeira coisa a se fazer é tentar uma aproximação cautelosa. Embora alguns cães de rua sejam dóceis, eles podem estranhar a presença de humanos. Logo, se tentar uma aproximação brusca pode receber uma leve mordida de volta ou outra reação desagradável.

Tenha uma postura tranquila e use algum alimento ou objeto para atraí-lo. De preferência, use um petisco para ganhar sua confiança. Ao perceber que ele está mais calmo, tente fazer um carinho. Mas cuidado, não deixe de se atentar aos sinais. Por exemplo, se ele começar a rosnar é hora de recuar um pouco.

O que fazer em seguida

Outra questão importante é certificar-se que o cachorro não tem dono. Pode acontecer do dono deixar o gato ou cachorro passear livremente, o que pode ser confundido por abandono por pessoas que não conhecem a vizinhança. Antes de resgatar qualquer pet, veja se realmente ele não tem dono, avaliar a aparência pode ajudar nisso.

Após ter certeza que o cachorro de fato está abandonado, leve-o até uma clínica veterinária. O acompanhamento profissional é fundamental pois o pet pode estar com diversas doenças, sem contar a ausência de higiene. O cãozinho precisa de um banho urgentemente, tosa e todos os tratamentos de higienização.

No veterinário, o médico poderá prescrever remédios antiparasitas e vermifugação. Não esqueça de deixar o pet mais isolado nos próximos dias. Afinal, o resultado dos exames pode levar um certo tempo para sair. Então, se tiver outros animais em casa, essa precaução é necessária. Isso vale para a pessoa que adotar o cãozinho.

Como não ser atacado por um cachorro de rua

Quando alguém se propõe a resgatar um animal de rua, é válido se preparar para qualquer episódio, não é mesmo? Como por exemplo, ser atacado pelo pet. Por isso a dica sobre ficar atento aos sinais do cão é importante. Geralmente, o ataque vem depois de alguns comportamentos como rosnados e latidos. O alerta vermelho já tem que está ligado.

Caso o animal reaja com esses sinais, não faça movimentos bruscos e muito menos corra. Esse tipo de comportamento estimula o instinto de caça dos cães. Além disso, não faça contato visual com o cachorro, pode fazer o pet se sentir desafiado. Simultaneamente, chame a atenção dele para um objeto para distraí-lo.