Cadelinha cega dá boas-vindas à sua nova irmãzinha recém-nascida: 'Se preocupa com ela'

Samara Barreto sempre amou ser 'mãe de cachorro', daquelas que cuidam e amam incondicionalmente seus filhotes, tratando-os como se ela os tivesse gerado.

Há cerca de um ano, ela descobriu estar grávida e logo ficou preocupada sobre como seria a relação da vindoura filha recém-nascida, Liz, e suas quatro cadelinhas - Layka (que é cega), Mel, Miranda e Bela. "Os questionamentos e medos eram inúmeros. Se ela teria alergia, se as meninas teriam ciúmes, se eu iria conseguir dar atenção a todas igualmente, se o meu amor por elas iria mudar", explica Samara.

Samara também ouviu muitos questionamentos de outras pessoas, principalmente sobre o que ela faria com as cachorras quando a Liz nascesse, ou onde ela iria colocá-las quando a bebê chegasse em casa.

Bem, apreensões à parte, Liz finalmente chegou ao mundo e foi para casa. E as cadelas de Samara receberam sua irmãzinha da melhor e mais linda forma! "Estamos todas nos adaptando, elas se aproximam com cuidado, cheiram, ficam de guarda, se preocupam quando a Lili chora. Nenhum sinal de ciúmes", afirmou a mamãe amorosa.

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"Graças a Deus até agora não tivemos problemas com alergia (nem vamos ter). As meninas continuam tendo livre acesso a casa, ao quarto e podem se aproximar da Lili. E o amor que eu sentia pelas minhas filhas mudou sim. Ele se multiplicou, em mim e nelas. Elas sentem/sabem que a Lili é um pedacinho da mamãe e delas também e eu vejo isso em cada momento de carinho delas com a Liz", garante Samara.

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"Quando elas deitam em torno do berço ou da rede enquanto ela dorme, quando elas correm pra cheirar quando ela tá chorando, quando saio com a Liz e ao retornar elas procuram por ela nos braços de quem chega, quando estou com ela no colo e as meninas se aproximam, cheiram ela e ficam balançando o rabinho", complementou.

Samara se disse muito feliz e grata com tamanha sinergia entre sua filhinha biológica e as cachorras de casa. "Hoje eu sou mãe de pet, mãe de menina, mãe completa e feliz", concluiu.

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Recentemente, Layka 'auprendeu' a trocar fralda com sua mamã. "O tutoriAU foi em braille", brincou Samara.

"Ficamos muito felizes por estar incentivando e sendo exemplo para tantas futuras mamães que assim como a nossa sentiram medo, tiveram dúvidas e foram cercadas de questionamentos, palpites e ‘opiniões’", desabafou a tutora.

Infelizmente, mesmo nos dias de hoje, ainda há muitos casos de abandono de pets com a chegada de um bebê na família, muitas vezes por falta de informação e apoio. A convivência entre bebês e cães ainda não é algo comum, mesmo que seja algo super normal. Nosso desejo é que todas as mamães de pet possam ser mães de humanos sem abandonar nenhum de seus filhos e que as pessoas ‘desinformadas’ entendam que amor não se divide ou se separa, amor se multiplica!